sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quem tem medo de Pedrinho?

por Marcos Guterman

29.outubro.2010 15:23:50, DAQUI


O Conselho Nacional de Educação recomendou que o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, não fosse distribuído a escolas públicas ou, se for, que venha acompanhado de um aviso de que se trata de obra “racista”, informa a Folha desta sexta-feira. Segundo o parecer, o racismo estaria caracterizado no tratamento de Tia Nastácia e de animais como urubu e macaco, cuja menção, diz o texto do conselho, é “revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”. Para o CNE, os professores da rede pública não estão preparados para lidar com esse tipo de mensagem em sala de aula. O autor da denúncia, o mestrando em relações raciais da UnB Antonio Gomes da Costa Neto, acredita que o livro de Lobato “deixou para trás as regras de políticas públicas para as relações etno-raciais” e tenha o potencial de “ensinar a criança a ser racista”.

Quando Monteiro Lobato é considerado danoso para as crianças, por supostamente conter mensagens ou estereótipos de caráter racista, perdeu-se completamente a noção da importância dos clássicos para a formação intelectual. “Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram”, explica Italo Calvino em seu livro “Por Que Ler os Clássicos”. Ou seja, um livro desse porte não é apenas texto; é uma revelação.

A obra, como toda a saga do Sítio do Pica-Pau Amarelo, é exatamente isso. Publicado em 1933, “Caçadas de Pedrinho” sofreu de fato alguma influência do pensamento racial de sua época – em que o racismo não era considerado necessariamente negativo. Mas não é possível qualificar de “racista”, por causa de um punhado de frases descontextualizadas, um autor que criou protagonistas negros tão bondosos e formidáveis como Tia Nastácia e Tio Barnabé.

Ademais, esse não é, nem de longe, o aspecto central de sua obra – tanto é assim que milhares de crianças a leram e certamente não se tornaram racistas por causa dela. Em primeiro lugar, os pequenos leitores são apresentadas de modo bem humorado e excitante ao universo rural brasileiro, com seu rico folclore. Enquanto Dona Benta relata as aventuras da ficção como tal, as crianças do Sítio são, elas mesmas, personagens de suas fantasias, convidando os leitores a abstrair-se e entrar em suas epopeias. Mas o que torna “Caçadas de Pedrinho” uma obra significativa – e atual – é a crítica feroz aos excessos da burocracia estatal.

Para relembrar: a segunda parte de “Caçadas de Pedrinho” relata a divertida história de Quindim, um rinoceronte que escapou de um circo carioca. Diante disso, o governo cria um “Departamento Nacional de Caça ao Rinoceronte”, um monstro burocrático com um chefe e 12 auxiliares, muito bem remunerados, além de “um grande número de datilógrafas e encostados”. Todo esse pessoal se esforça ao máximo para não encontrar o bicho, uma vez que, se isso acontecesse, todos eles perderiam a boquinha.

Quindim acaba se incorporando à família do Sítio, como parceiro das crianças e em desafio ao Estado que o caça. Ao ousar colocar os meninos como protagonistas dessa “rebeldia”, a obra de Lobato chegou a ser classificada de “comunista” pelo padre jesuíta Sales Brasil, em 1959. O livre pensamento e a fantasia a serviço da reflexão política e social são os piores inimigos da “ordem” de um Estado crescentemente hostil à crítica.

Assim, não admira que haja burocratas no Estado brasileiro que, a título de impedir o “racismo” de “Caçadas de Pedrinho”, queiram evitar que as crianças o leiam.

Mais perseguição política do regime petista

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ameaças de morte a bispos repercutem no exterior

Brazilian Pro-Life Bishops Receive Death Threats

Three Brazilian bishops—Bishop Luiz Gonzaga Bergonzini of Guarulhos, Bishop Benedito Beni Dos Santos of Lorena, and Bishop Nelson Westrupp of Santo André—have received anonymous death threats after urging Catholics not to vote for Dilma Rousseff, the frontrunner in the October 31 presidential election. In 2007, Rousseff called for the legalization of abortion in the world’s largest Catholic nation.

The three bishops have urged their priests to urge their Catholics congregations not to vote for Rousseff, prompting a remarkable reaction from the justice and peace commission of Brazil.

“The CNBB does not suggest any candidate, and recalls that the choice is a free and conscious act of each citizen,” the commission stated two weeks ago. “Faced with this great responsibility, we urge Catholics to consider ethical criteria, especially unconditional respect for life, family, religious freedom, and human dignity.”

AQUI

AQUI

E AQUI

Três grandes mitos do partido mitômano

Mito 1. O carisma

Há uma espécie de lugar-comum que versa sobre o tal carisma do Lulla da Silva. Dizem, mesmo muitos opositores, que ele tem carisma, algo como um dom natural, que lhe confere automaticamente aceitação, eloqüência e perdão e o transmuta em ser intocável. Como se Lulla da Silva fosse aquele simpático tiozinho do boteco.

Mas parece que o tiozinho bebeu demais da fonte do poder e se tornou aquele bêbado chato e inconveniente, um véio tarado e violento, que dá trabalho e vive arrumando encrenca.

Se ter carisma é ser um chucro desprezível, um homúnculo abjeto e grotesco, um analfabeto funcional que se orgulha de sua parvoíce, eu não sei mais o que seria não ter.

Carisma, quem tinha mesmo, era Martin Luther King, que quando abria a boca, arrastava milhares. Roosvelt tinha carisma. Gandhi tinha carisma.

Lulla da Silva chegou a ter um filme indicado pelo Ministério da Cultura para disputar o Oscar. Um filme que ninguém viu! O maior fracasso de bilheteria e o filme mais caro do cinema nacional. Coincidência, não?

Mas que carisma é esse que ninguém vai ver a história do "grande e amado líder", como dizem na Coréia do Norte?

Esse mito do carisma faz parte de uma estratégia de marketing (ou lavagem cerebral, como queira) que tem muito a ver com o próximo mito:




Mito 2. A popularidade

As "pesquisas" mostram: 83% de aprovação. Como ouso discordar delas? Será eu algum louco, cego às verdades absolutas e aos concensos do momento?

Mas como concordar se não vejo essa aprovação toda nas ruas? Convivo com pessoas de todo tipo e juro que não vejo essa proporção.

Veja por exemplo a seleção de Dunga. Aí sim poderia haver 83% de, no caso, reprovação. Ainda assim havia as vozes dissonantes, e não eram poucas!

Mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo, se pensarmos que há os ateus, os muçulmanos, os budistas, pode não ter 83% de aprovação no "cargo" de Filho de Deus.

Tal nível de aprovação, aliás, é idêntico aos grandes "democratas" Stalin, Chávez, Fidel, Pol Pot, Mao, Hitler, entre outros.

As pesquisas que mostram essa proporção irreal são as mesmas que induziram a campanha eleitoral e "erraram" por limites inaceitáveis. São os mesmos institutos envolvidos em graves suspeitas metodológicas e criminais.

A representatividade de uma pesquisa dessas é como perguntar a opinião de quatro pessoas num Morumbi lotado e dizer que aquela é a média geral. Essa é a relação!

Mesmo o pesquisador, contratado para tal, pode, em uma breve análise comportamental, deduzir quem dará a resposta mais adequada à orientação recebida.

Portanto, se não sinto que Lulla da Silva tem qualquer carisma, não percebo, no cotidiano, tamanha aprovação. A impressão que tenho do mundo é mais evidente que minha fé nos institutos de pesquisa.






Mito 3. A salvação

Para a propaganda oficial, Lulla da Silva e o PT foram responsáveis pelo momento maravilhoso que estamos passando, sem dívidas, com liberdade e democracia, crescendo a taxas chinesas. A educação é excelente, o sistema de saúde é "perfeito", a criminalidade de primeiro mundo, o sistema jurídico idem, as relações internacionais saudáveis.

Novamente, mentiras da propaganda oficial. Está óbvio, não vou vomitar estatísticas, quem quiser que o faça.




Todos precisamos de heróis, de referências. Precisamos de exemplos de vida e de conduta para nos mostrar que há algo por que valha a pena viver.

Não quero saber se meu exemplo de ser-humano é "do povo", é simpático, é negro, branco ou judeu. Quero saber das idéias dele, de sua conduta, de sua moral, de seu conhecimento, do que ele pode oferecer de construtivo à minha existência, ao mundo e à humanidade.

E a única conduta de Lulla da Silva que vejo é uma conduta criminosa, do chefe do mensalão, do líder de quadrilha que zomba das leis da República com atitudes arrogantes, presunçosas e rudes. Lulla da Silva é um proto-ditadorzinho ridículo, amigo de genocidas, bêbado e imoral. Lulla é exemplo do que não fazer, do que não ser, é o anti-exemplo.

Não digo isso por querer o mal da sociedade, ou por ser "burguês", ou "de direita", nada disso. Digo porque vejo, sinto e percebo. Uso apenas minha razão e sensibilidade para chegar a essa conclusão:

Sentirei orgulho de contar aos meus netos que fui contra esse estado de coisas, contra isso que o Brasil se transformou, uma nação dividida, violenta, injusta, imoral, preconceituosa, ignorante e corrupta.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Frei Boffetada

Entrevista esclarecedora, porém sem novidades, cedida "gentilmente" pelo "frei" Boff, esse servo de Satanás, agente do comunismo, pessoa asquerosa e vil.

Quando o clero católico, infiltrado de comunistas até a medula, apoiou a criação do PT e, através das famigeradas CEBs, ajudou a petralhada a conseguir eleitorado cativo durante anos e anos, ninguém reclamou do "Estado laico".

Quando o "frei" Betto virou assessor do Lularápio no Programa Fome Zero, ninguém reclamou da "interferência de religiosos na política".

Recentemente, nas eleições municipais, vendo a queda da Dona Martaxa Suplício e a ascensão de Kassab nas pesquisas, os comunistas da CNBB, vergonhosamente, distribuiu um panfleto nas missas convidando os fiéis a votarem na abortista botocada, novamente, ninguém reclamou da "interferência da Igreja na política".

Agora, quando a Igreja Católica orienta seus fiéis a seguir sua própria doutrina, apontando aqueles candidatos com propostas claramente contrárias à doutrina católica, aparece a polícia politicamente correta, da qual este apóstata é parte integrante, soltando gritinhos de horror, contra o "ataque à laicidade Estatal".

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O passado oculto de Dilma

Os 10 piores momentos de Lula



O governo Lula não foi a sovietização do Brasil como temiam os pessimistas de direita. Tampouco transformou o país no jardim do éden que vislumbram os otimistas de esquerda. Foi um governo que, de acordo com a visão liberal, se enquadrou no padrão de políticos a procura da maximização do seu poder, combinando a distribuição de privilégios para grupos de interesse, corrupção para os aliados, empregos para os amigos, moderação macroeconômica para inglês ver, e acenos ideológicos para as tradicionais bases petistas.

Desse emaranhado, destacamos 10 momentos em que Lula abusou da presidência para golpear (ao menos verbalmente) os valores da democracia liberal.

Continua em OrdemLivre.org

Pequena e incompleta retrospectiva da campanha eleitoral suja, nazista e criminosa do PT

Dossiês ilegais.

Quebra de sigilos fiscais de oposicionistas.

Ligações PT-FARC via Foro de São Paulo escancaradas.

Tentativas de censura e controle da mídia.

Fiasco de Dilma nos debates.

Gafes de Marcelo Branco na Web.

Declarações irresponsáveis e criminosas de Lula, como a que deveriam "extirpar o DEM", ou criminalizando Serra por sofrer agressão.

Lula abandonou a presidência para subir no palanque.

Irmão de Celso Daniel exilado do petismo.

Aborto, a mentira de Dilma.

Caso Erenice.

Agressão a Serra e intimidação da passeata.

Apreensão da Carta da CNBB-Sul.

Distribuição impune de panfletos eleitoreiros pró-Dilma por sindicatos.

Uso de prédios públicos para reuniões partidárias do PT.

Celmo Freski preso por distribuir a Carta da CNBB.

Aposentado de Araçatuba preso por portar um exemplar da Carta da CNBB.

Bispo D. Luiz Gonzaga ameaçado de morte.

Mulher de Chico Mendes ameaçada de morte depois de declarar apoio a Serra.

Mais um preso político do regime petista

Mais um caso de abuso de autoridade, censura e violação das liberdades civis envolvendo o PT. Reparem como a notícia é escrita, de modo a criminalizar o idoso e justificar a agressão.



Da Folha da Região, de Araçatuba-SP


O aposentado E.F.V., 74 anos, foi flagrado ontem na rodoviária de Araçatuba com um panfleto que prega o voto contra a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). A Polícia Civil investiga a origem do material.

O aposentado disse que encontrou o panfleto jogado na praça Rui Barbosa. Segundo o boletim de ocorrência, a funcionária pública R.M.S., 39, que trabalha na Prefeitura, teria visto o aposentado com o panfleto na mão.

Ela e colegas de serviço abordaram E.F.V. e ligaram para a Polícia Militar. O aposentado passou mal, foi encaminhado à Santa Casa e depois, liberado. Ele negou envolvimento em crime eleitoral e disse que estava a caminho de sua casa no bairro Nova Iorque.

No domingo, a Polícia Federal apreendeu, por determinação da Justiça Eleitoral, cerca de 1 milhão de panfletos que pregam voto contra o PT.

A gráfica que os imprimia pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de Serra, Sérgio Kobayashi.

Petistas intimidaram e xingaram Dom Luiz, bispo de Guarulhos, que recebeu ameaças.

Mas ele não se cala: “Recomendo voto contra Dilma por causa de suas idéias favoráveis ao aborto”
Por Reinaldo Azevedo



Dom Luiz: também ele sofreu intimidação por dizer o que o PT não quer ouvir

Dom Luiz: também ele sofreu intimidação por dizer o que o PT não quer ouvir

Vocês sabem o que penso. Entendo absurda a liminar concedida pelo ministro Henrique Neves, do TSE, que permitiu à polícia federal apreender o “Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras”, em que a Comissão em Defesa da Vida, da Regional Sul I da CNBB, exortava os católicos a não votar em políticos que defendam a descriminação do aborto.

A impressão do texto foi encomendada por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos. O PT tentou acusar uma espécie de conspiração, afirmando que se tratava de uma iniciativa do PSDB, já que uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao partido. Os petistas só se esqueceram de informar, como noticiou este blog, a empresa imprimiu material de campanha para outros partidos - inclusive para o PT. Num deles, uma central sindical exortava seus filiados a votar em Dilma, o que é ilegal.

Pois bem. Dom Luiz concedeu uma entrevista ao repórter Kalleo Coura, da VEJA, em que desmoraliza mais uma farsa petista. Foi ele quem realmente encomendou a impressão do texto, não o PSDB. Sem receio de defender os princípios da Igreja de que é bispo, reafirma a sua posição contrária ao aborto, diz que se sentiu censurado e reitera que os fiéis não devem votar na petista Dilma Rousseff por causa de suas idéias, favoráveis à descriminação: “Agora, depois do primeiro turno, ela se manifestou muito religiosa, dizendo-se contra o aborto e contra a união de pessoas do mesmo sexo. Quer dizer: tudo aquilo que atrapalhou a sua eleição no primeiro turno, ela tirou da campanha. Você pode confiar numa pessoa que assume posições contraditórias? Ninguém muda de idéia deste jeito. O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício. Ela não é confiável”.

Dom Luiz revela também que os petistas tentaram intimidá-lo: “Fui agredido por militantes do PT, que, há dez dias, fizeram um escarcéu debaixo da minha janela, às duas da manhã, com palavrões e rojões. Cheguei até a ser ameaçado”. Sem receio, Dom Luiz avisa: “Ninguém pode botar um cadeado, uma mordaça, na minha boca. Podem apreender um papel, mas nada altera minhas convicções”. Leia os principais trechos da entrevista..

VEJA - Foi o senhor quem decidiu imprimir dois milhões de cópias do “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”?
Dom Luiz - Sim. Fiz isso para tornar conhecida a minha posição política em defesa da Igreja e da vida. Essa publicação visava justamente defender a vida de seres humanos que não pediram para nascer e não têm condições de se defender. Trata-se de um documento oficial, assinado por três bispos. Não era um panfleto. É um documento autêntico da igreja.

O senhor se sentiu censurado com a apreensão dos folhetos?
Dom Luiz - laro que sim! Foi um ato totalmente antidemocrático, uma agressão à minha pessoa. Afinal de contas, eu tinha autorizado a publicação. Essa cassação impediu não só a impressão do documento como sua distribuição. Sinto que fui perseguido. O governo fala tanto em liberdade de expressão, mas esta apreensão foi um atentado a um princípio constitucional. A minha opinião foi censurada.

O senhor defende explicitamente que os fiéis não votem em Dilma Rousseff?
Dom Luiz - Minha recomendação é essa por causa das idéias favoráveis ao aborto que ela tem. Em 2007, numa entrevista, ela chegou a dizer que era um absurdo a não-descriminalização do aborto no Brasil. Então ela é favorável a isso. Agora, depois do primeiro turno, ela se manifestou muito religiosa, se dizendo contra o aborto e contra a união de pessoas do mesmo sexo. Quer dizer: tudo aquilo que atrapalhou a sua eleição no primeiro turno, ela tirou da campanha. Você pode confiar numa pessoa que assume posições contraditórias? Ninguém muda de idéia deste jeito. O lobo perde o pêlo, mas não perde o vício. Ela não é confiável.

O PT chegou a dizer que havia “indícios veementes” de participação do PSDB nas encomendas dos folhetos. Isso ocorreu?
Dom Luiz - Em circunstância nenhuma eu agi de acordo com orientações partidárias. Eu falei, repito, assino e afirmo: “Não tenho partido político”. Eu sou um ser político, sim, mas não partidário. Se tomei partido nesta eleição, não foi a favor do PSDB, foi contra o PT e a Dilma. As razões são claras: sou contra o aborto e a favor da vida. Não fui procurado por partido político nenhum! Fui apenas agredido por militantes do PT, que, há dez dias, fizeram um escarcéu debaixo da minha janela, às duas da manhã, com palavrões e rojões. Cheguei até a ser ameaçado.

Como foi isso?
Dom Luiz - Recebi cartas anônimas. Uma delas dizia: “O Celso Daniel foi assassinado, tome cuidado”. Fiz um boletim de ocorrência por causa disso, mas não tenho medo. Se fizerem qualquer coisa contra mim, será um tiro no pé. Será pior para eles.

É papel de um bispo se posicionar politicamente?
Dom Luiz - O papel do bispo é orientar os seus fiéis sobre a verdade, sobre a justiça e sobre a moral. Ele deve apresentar a verdade e denunciar o erro. Foi o que fiz. Tenho todo o direito - e o dever - de agir do modo que agi. Não me arrependo de ter falado o que falei. Faria tudo de novo! Se surgir um candidato que seja contra os princípios morais, contra a dignidade humana e contra a liberdade de expressão, irei me levantar de novo.

O senhor irá continuar distribuindo documentos similares aos apreendidos?
Dom Luiz - Se a Justiça liberar, vou. De qualquer forma, vou continuar manifestando minha opinião. Ninguém pode botar um cadeado, uma mordaça, na minha boca. Podem apreender um papel, mas nada altera minhas convicções.

Viúva de Chico Mendes recebe ameaças de morte depois de declarar apoio a Serra

Por Reinaldo Azevedo

Do jornal “A Tribuna”, do Acre:
Um dia após ter o portão de sua residência derrubado por três homens não identificados, Ilzamar Mendes, viúva do líder seringueiro Chico Mendes, revelou em entrevista à reportagem de A TRIBUNA que dias atrás recebeu uma ameaça por telefone. “Uns dois dias após eu aparecer na mídia nacional, recebi uma ligação de um telefone sem identificação. A voz era de um homem que me perguntou: ‘Você não tem medo que aconteça a você o mesmo que aconteceu a Chico Mendes?’ A pessoa disse apenas isso e desligou”, revela.

De acordo com ela, na época em que recebeu a ligação preferiu apenas contar o fato aos familiares para não criar uma polêmica ou gerar sensacionalismo. Contudo, Ilzamar Mendes diz que após a tentativa de invasão a sua residência trouxe consigo um sentimento que ela conheceu anos atrás, na época em que Chico Mendes era ameaçado por pistoleiros diariamente. “É inevitável não sentir medo diante dessa tentativa de invasão. Vivi oito anos com o Chico e não tivemos um mês de sossego. Vi meu marido, pais dos meus filhos, ser morto covardemente na porta de casa”, relembra Ilzamar Mendes.

Clima tenso
Ilzamar Mendes contou que a tentativa de invasão a sua residência foi percebida por uma adolescente que mora com ela. Ao ser avisada pela menina que estavam tentando derrubar o portão, a viúva de Chico Mendes conta que acionou a polícia. “Enquanto eu respondia às perguntas sobre onde moro, do que se tratava, eu percebi que eles iam adentrando no quintal. Foi então que fiquei mais apavorada e comecei a ligar para os meus filhos e liguei para um irmão que chegou bem rápido aqui”, conta.

Enquanto Ilzamar Mendes falava com os familiares, os três homens deixaram o local. “Sei apenas a altura deles e que estavam de roupas escuras. Quando a polícia chegou, cerca de 20 minutos após minha ligação, eu relatei o que pude. Nós ainda fizemos umas buscas aqui por perto, mas não localizamos ninguém que parecesse com eles”, disse.

A polícia fez guarda durante toda a madrugada na casa porque o portão estava derrubado. Os filhos de Ilzamar ficaram muito abalados com o fato. “Sandino me ligava a todo instante preocupado comigo. Elenira também. Ambos estavam trabalhando em municípios próximos e, ao saber da tentativa de invasão, quiseram vir me encontrar, mas era muito tarde. Mas hoje vamos nos encontrar”, comentou.

Mudanças
Ilzamar diz que a polícia continua investigando o caso. Ela afirmou que a questão da invasão à casa onde mora não inclui apenas questão de segurança na sua propriedade. “Infelizmente, isso pode acontecer a qualquer cidadão de bem. Não apenas à viúva de Chico Mendes. Todos nós estamos reféns da falta de segurança que atinge nosso estado. Mas claro que depois disso eu vou mudar alguns hábitos”, adiantou.

Para Ilzamar Mendes, o fato ocorrido ontem chama a atenção porque ,se fosse um assalto, os três homens não teriam feito barulho ou teriam entrado na propriedade por outro lugar. “Agora vamos ficar mais atentos”, concluiu.

Em alemão, é “führer”; em italiano, “condottiere”

Por Reinaldo Azevedo

Quando alguém chama Lula de “chefe de facção” ou diz que ele se comporta como tal, a coisa corre o risco de se perder numa abstração. Os fanáticos logo consideram que se trata de uma grave ofensa e tal. Pois bem. Vejam esta foto, recentíssima, já que este é o Lula de agora:


Viram?

Este rapaz que está à direita é o petista Sandro Mata-Mosquito, candidato derrotado a deputado federal. Não se sabe o nome do sujeito à esquerda, amigo do presidente o bastante para lhe botar a mão do peito.

Agora vejam estas outras fotos — foram publicadas primeiro no Blog do Lúcio Neto. Volto em seguida.



São os ilustres companheiros de Lula na manifestação de Campo Grande, no Rio, que resultou na agressão ao candidato tucano à Presidência, José Serra.

O PT tentou fazer de conta que não tinha nada a ver com aquela confusão. Chegaram mesmo a acusar os tucanos de terem iniciado o confronto. Em Curitiba, alguém jogou do alto de um prédio um balão com água no carro que conduzia Dilma. Ela se apressou em chamar o ato de “agressão” e afirmou, generosa!, que não acusaria o PSDB. Bem, nem poderia, não é? Que evidência ela tinha?

No caso da baixaria de Campo Grande, no Rio, as digitais dianteiras e traseiras do PT estavam dadas. A foto, agora, é só um emblema de um momento da política brasileira. Vemos Lula tirando uma foto com membros da tropa de assalto petista, que repete os métodos de certo partido alemão da década de 30… Quem, nesse meio, não gosta de tirar uma foto com o “condutor”, o “líder”, que se diz “Führer”, “condottiere” em italiano e “espancador da democracia” em qualquer língua?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IMPORTANTE - Pe. Paulo Ricardo - A Igreja amordaçada pelo PT

Violência, mentiras e censura



Estamos presenciando a clara e evidente truculência do PT.

Desde a compra de dossiês forjados com informações confidenciais vazadas da Receita Federal, comprovadamentepor iniciativa de petistas, passando por uma campanha vergonhosamente mentirosa, até a prisão de cidadãos que divulgam fatos reais.

Não bastassem esses fatos e o uso descarado da máquina pública em prol da campanha petista, com a produção de panfletos propagandísticos por centrais sindicais sustentadas com dinheiro de impostos, a dedicação exclusiva do presidente da república à campanha eleitoral em detrimento de suas atribuições, o uso de prédios públicos para reuniões partidárias, vem à tona talvez o que seja o caso mais escabroso até agora.

Ontem, José Serra foi agredido por militantes petistas durante uma caminhada no Rio. Sua equipe foi impedida de continuar a campanha, sua van foi apedrejada e Serra precisou se abrigar num estabelecimento. Em seguida recebeu uma bobina arremeçada na cabeça.

Hoje já havia uma grande campanha na mídia (SBT e Record, principalmente) dizendo que se tratava de uma bolinha de papel e que José Serra havia forjado um "factóide".

Veja o tom de ironia agressiva usado por Paulo Henrique Amorim:



Agora veja o esclarecimento, levado ao ar hoje à noite, no Jornal Nacional:


E a repercussão internacional:


Essa gente é anti-democrática, violenta, mentirosa e perigosa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O absurdo dos absurdos

Nesses dias anteriores ao segundo turno das eleições presidenciais há tanta coisa acontecendo que temos que filtrar aquilo que é mais importante ou urgente.

O fato a seguir é escabroso.

O diretor do Hospital São Paulo de Campos do Jordão foi preso por distribuir os panfletos contra o aborto da CNBB-Sul. Um cidadão foi preso por manifestar-se livremente.

Leiam a matéria no site do ig, com comentários meus entre colchetes:

Um homem identificado como Celmo Felski foi autuado nesta terça-feira em Campos do Jordão (Vale do Paraíba – SP), por distribuir panfletos com mensagens de acusação contra a candidata do PT, Dilma Rousseff, e o partido dela.

["Mensagens de acusação" contra Dilma? Dizer a verdade é espalhar mensagens de acusação? O PT sempre foi favorável à legalização do aborto, está no estatuto, ora porra!]

Segundo a delegacia de Campos do Jordão, os 150 panfletos eram semelhantes aqueles que foram apreendidos pela Polícia Federal no último sábado na Editora Gráfica Pana, no bairro do Cambuci, na capital paulista.

[Apreendidos ilegalmente, diga-se de passagem.]

Com assinatura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o material prega o voto contra a candidata do PT por suposto apoio à legalização do aborto.

["Suposto apoio"? Leiam as resoluções do III Congresso do PT, assistam a própria Dilma apoiando a legalização do aborto!]

No último domingo, a CNBB divulgou uma nota desautorizando qualquer material político com o nome da entidade e explicando que as mensagens descobertas na gráfica não correspondiam a opinião da entidade.

[Isso é motivo para prender um cidadão? A CNBB que se entenda. Aliás, a CNBB não tem representatividade NENHUMA na hierarquia da Igreja Católica!]

De acordo com a polícia, Celmo Felski foi denunciado pelo deputado estadual Carlinhos Almeida (PT) e pelo presidente da Câmara Municipal de Campos do Jordão, Sebastião Aparecido César (DEM).

O acusado foi visto distribuindo o material contra Dilma no centro comercial de Campos e foi denunciado também por eleitores que receberam os panfletos da mão de Felski.
A polícia de Campos diz que o acusado foi identificado em sua casa e enquadrado na lei 4737/65 do código eleitoral por difamação e propaganda eleitoral irregular.

[Quero ver provar a tal difamação. Seriam por acaso, os Art. 323, 324, 325, 326 ou 327 que sustentarão a denúncia? Eles sabem que não há crime algum na impressão e distribuição dos cartazes, o que eles querem é meter medo.]

Celmo Felski é diretor do Hospital São Paulo, de Campos do Jordão. Ele foi ouvido pela polícia e liberado. Os panfletos foram apreendidos pelo delegado de plantão.


Volto a comentar

Atentem à legenda da foto no site:

"Panfleto apócrifo da CNBB descoberto em uma gráfica da zona sul de São Paulo. 150 exemplares do material foram apreendidos pela polícia de Campos do Jordão, em SP"

"Apócrifo"? A carta está devidamente assinada - CNBB-Sul - não cita nominalmente nenhum candidato, apenas pede que os católícos votem em candidatos que pensem de acordo com seus ideais!

Tão grave quanto o fato em si é a maneira como o Ig escreve a notícia, usando palavras escolhidas de modo a criminalizar previamente um dos lados e absolver outro.

Isso é um crime, aliás, são dois crimes! Jogaram a Constituição no lixo!

Amanhã poderá ser eu ou você, por manifestar opiniões contrárias ao status quo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DEM+PMDB II

Há dois dias, Maria Inês Nassif publicou, no Valor Online, este artigo.

Crédito pelo furo dado a ela, mantenho meu furo a respeito do DEM não estar aceitando novas filiações. (E depois se perguntam por que declinam...)

A celeuma é basicamente sobre horário na TV e fundo partidário, mas o DEM se esquece de um pequeno detalhe: o crescimento em SP não se deve somente ao apoio de Serra, mas ao descontentamento do eleitor mais esclarecido em relação ao governo petista e ao progressivo esclarecimento das pessoas sobre o Movimento Comunista Brasileiro.

As alianças do PT estão escancaradas como nunca estiveram: FARC, Chávez, Ahmadinejad, etc. O Foro de São Paulo finalmente, após 16 anos, apareceu na grande mídia, a hegemonia socialista é evidente nas eleições. Quem tem um mínimo de esclarecimento e não está totalmente condicionado ao pensamento coletivista percebe isso e só com muita falácia se consegue sustentar a tese do "mal neoliberal".

A questão é clara: manter a linha ideológica e perder fundo partidário e tempo na TV ou fundir-se ou incorporar-se a outro partido maior?

Pessoalmente, fico com a primeira opção: manter bravamente a linha capitalista, liberal e de direita e contar com os "avanços" do bolivarianismo.

Na minha caminhada até o diretório, vi duas manifestações petistas na rua, às quais sinalizei com o polegar pra baixo e sinal de "vaza", crispando os dedos. Mas eram duas mobilizações após um debate vergonhoso da candidata petista. A militância petista é organizada, tem grana e poder.

Por outro lado, consegui vários votos para o Ricardo Salles apenas com os argumentos liberais e a ajuda do PT, com o tanto de cagadas que eles fazem.

Jogar a toalha em troca de tempo na TV e fundo partidário não é garantia de sobrevivência - pelo contrário - é sinal inequívoco da covardia e timidez da oposição ideológica brasileira e a prova de que Lula, pela primeira vez, cumpriu o que prometeu: extirpou o DEM da cena política.

Querem fusão, democratas, ex-liberais? Esperem a fusão PT-PSB-PDT-PSOL-PSTU-PCB-PCdoB-PR. Aí sim, será o fim, não só do DEM ex-PFL, como da oposição ao bolivarianismo, ao Foro de São Paulo, em suma, ao Movimento Comunista Brasileiro.

Se tal configuração está tomando forma, uma polarização entre marxistas revolucionários e socialistas reformistas vai despontar, hegemônica, no cenário político-partidário brasileiro. Vai sobrar o que foi DEM um dia diluído entre PMDB-PSDB-PPS-PSL-PP.

É o pensamento de curto prazo e a insegurança que ferram o DEM. Mantenham as fileiras conservadoras coesas e unidas através dos exemplos dos grandes medalhões que compõem o DEM atualmente, como a senadora Kátia Abreu, o candidato Índio da Costa (eu, por exemplo, vou votar nele, não no Serra), Demóstenes, etc. e incorporem os nomes de peso do pensamento liberal-conservador-anti-comunista como Bolsonaro, Anastasia, Ciro Moura, etc.

Vão se aliar a socialistas-fabianos (PSDB)? Ao ex-PCBão (PPS)???? Os fisiologistas do PMDB certamente parecem menos ofensivos não fosse o pequeno detalhe de que o vice da Dilma é o Temer.

Aliar-se a eles seria assinar um atestado de rendição e chancelar a fala de Lula - o DEM, ex-PFL, estaria oficialmente "extirpado".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DEM+PMDB

Esse é um post histórico - o primeiro furo do Comedia Globale.

Desde a declaração do Lulla sobre "extirpar o DEM" da política brasileira tenho pensado em me filiar a esse partido, pelo simples fato de que criar um novo é praticamente impossível.

Poderia fazê-lo pela Web, mas decidi que hoje iria pessoalmente ao diretório regional de SP. E assim o fiz.

Fiquei surpreso ao ser informado que minha filiação seria NEGADA pois eles estão esperando o desenrolar da fusão entre DEM e PMDB (!!!!). É, não escrevi errado, é o PMDB mesmo. Um acordo entre Kassab e Quércia está sendo posto em prática, acordo feito antes desse adoecer.

Foi o próprio cara que me atendeu quem falou.

Perguntei se eu tivesse feito via internet, o que aconteceria, e ele respondeu que demoraria uns 3 meses até ir e voltar de Brasília.

Sim, o PMDB de Temer logo mais poderá fundir-se ao DEM, surgindo até mesmo outra legenda, sei lá, ele não entrou em detalhes.

Bem, a primeira questão é: Como eles recusam uma filiação assim? Tá sobrando militantes?

Depois, sabendo disso, aí mesmo é que não me filio ao monstrengo que será parido por essas agremiações.

Ou então, o cara estava me tirando. Inclusive, os democratas não podem nem acusar de ser esta uma invenção da Veja psdbista. Essa história ouvi deles próprios, com o conselho de aguardar uns 3 meses para ver o que acontece.

Pois é, amigos, estamos próximos do fim do Democratas, ex-PFL. Lá se foi nosso último bastião do capitalismo liberal anti-comunista. Não restará pedra sobre pedra. É lamentável.

Algum filiado se dispõe a comentar?

Batidão democrático

Terrorismo petista na gráfica do Cambuci

Um adendo ao assunto da censura à CNBB-Sul:

Domingo à tarde passamos em frente à gráfica atacada por militantes petistas. Funcionários nos informaram que a turba havia acabado de sair de lá e que estavam armados com pedaços de paus e vestiam camisetas do Hezbollah.
Também disseram que a própria Polícia Federal disse que em 3 dias os panfletos estariam lá de volta, pois não conseguiam ver nenhum crime no caso.

O fato é que o PT agiu em duas frentes, uma oficial e outra ilegal e terrorista.

Quando souberam, não se sabe como, que a Diocese de Guarulhos havia encomendadotais panfletos, o PT enviou um grupo de militantes armados para impedir que os panfletos fossem distribuídos.

Ao mesmo tempo, o partido entrou com uma ação no TSE, solicitando a apreensão do material.

Como o material estava preso na gráfica cercada por militantes violentos, que constrangeram e ameaçaram funcionários humildes, não houve tempo de serem distrubuídos, até que a Polícia Federal fez a apreensão.

Censura, repressão, falta de liberdade, apoio a terroristas e a ditaduras, insegurança jurídica. Essa é a "democracia" petralha.

Bispo ameaçado de morte AQUI

domingo, 17 de outubro de 2010

Carta ao Povo Brasileiro - CNBB Sul

O PT está mantendo militantes armados com pedaços de paus em frente a uma gráfica em São Paulo para barrar a distribuição de panfletos encomendados pela CNBB-Sul. Ao mesmo tempo, oficialmente, o PT pede ao TSE para barrar a distribuição desses panfletos, com o argumento de que não consta neles o CNPJ do requisitante.
Desconheço a legislação eleitoral brasileira para saber se um folheto assinado, sem financiamento partidário, que não cita nominalmente nenhum candidato, consiste em crime eleitoral. Sinceramente, não me parece algo ilícito, vejamos o desenrolar dessa história. Mas, na medida do bom-senso, o que vemos na atitude do PT é mais um arroubo autoritário, um crime contra a liberdade de expressão (que não é inalienável, no Brasil) e de opinião. Essa é a democracia petista, aos moldes da cubana e venezuelana, onde as opiniões contrárias são barradas à força.
Transcrevo abaixo o conteúdo da carta e o arquivo em PDF, para lutar contra a violência petista usando as armas das palavras e idéias.

Carta ao povo brasileiro CNBB sul

APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS
Nós, participantes do 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida (CDDVs), organizado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,
- considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) o atual governo comprometeu-se a legalizar o aborto,
- considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher,
- considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Polítíca das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,
- considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,
- considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº Congreso, o PT assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,
- considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,
- considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional,
- considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº Congresso Nacional do PT manifestou apoio incondicional ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,
- considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria ministra da Casa Civil como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República,
- considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, o PT e as lideranças partidárias da base aliada boicotaram a criação da CPI do aborto que investigaria o assunto,
RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.
Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em
http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=news/read.php&id=5742



Panfleto CNBB - Voto pró-vida (frente)

Panfleto CNBB - Voto pró-vida (miolo)

sábado, 16 de outubro de 2010

Em defesa de Zé Dirceu

Aí vai a lista dos que assinaram abaixo assinado em defesa de José Dirceu. A lista, além da mais elevada camada da classe artística, também inclui a fina flor da intelectualidade.

Manifesto de Artistas em Defesa de José Dirceu (Terra 27/10/05)

Abelardo Blanco (arquiteto)
Afonso Borges (jornalista e produtorcultural)
Afonso Magalhães (coordenador da central de movimentos populares)
Aldo Lins e Silva (advogado e conselheiro da república)
Alfredo Buso (arquiteto)
Aluisio Palmar(jornalista)
Alvaro Caropreso(jornalista)
Ana Clara Schemberg (bióloga)
Anaclara fabrino
Ana de Hollanda (cantora)
Antonio Abujamra (dramaturgo)
Antonio Grassi (ator)
Antonio Netto (presidente da Cgtb)
Antonio Pitanga (ator)
Argemiro Ferreira (jornalista)
Ariovaldo Ramos (pastor evangélico)
Aton Fon Filho (advogado)
Augusto Boal (autor e diretor teatral)
Beth Fleury (jornalista e escritora)
Caio Rosenthal (médico)
Cecília Vicente de Azevedo Alves Pinto (escritora)
Cláudio Cerri (jornalista)
Cláudio Kahns (cineasta)
Claudio Tozzi (pintor)
Consuelo de Castro (escritora)
Cosette alves (empresária)
Dalmo Dallari (jurista)
Darcio Pauperio
Sserio (advogado)
Eduarda Duvivier (arquiteta e escultora)
Eduardo Fagnani (economista)
Emir Sader (cientista político)
Fernando Lyra (advogado)
Fernando Morais (escritor)
Flávio Tavares (jornalista e escritor)
Frederico Mazzucchelli (economista)
Gianfrancesco Guarnieri (ator e escritor)
Guilherme Fontes (ator e cineasta)
Hildegard Angel (jornalista)
Jards Macalé (músico)
João Felício (presidente da CUT)
José de Abreu (ator)
José Roberto Aguilar (artista plástico)
Laércio de Almeida Lopes (psiquiatra)
Lawrence Pih (empresário)
Lia Ribeiro Dias (jornalista)
Luciano Chirolli (diretor de teatro)
Luciano Coutinho (economista)
Lucy Barreto (produtora de cinema)
Luis Vergueiro (publicitário)
Luiz Carlos Barreto (cineasta)
Luiz Fernando Emediato (jornalista e editor)
Luiz Gonzaga Belluzzo (economista)
Luiz Paulo Rosenberg (economista)
Malu Alves Ferreira (jornalista)
Manoel de Serra (presidente da Contag)
Márcia Frazão (escritora)
Maria Alice Vergueiro (atriz)
Maria Augusta Carneiro Ribeiro (socióloga)
Maria das Graças Sena (produtora de cinema)
Maria do Amparo Araújo (familiares de mortos e desaparecidos)
Maria Helena Moreira Alves (cientista política)
Mariza Leão (cineasta)
Olgária Mattos (filósofa)
Oscar Niemeyer (arquiteto)
Osmar Prado (ator)
Ottoni Fernandes Jr. (jornalista)
Paulo Betti (ator)
Paulo Caruso (cartunista)
Paulo Maldos (psicólogo)
Paulo Ribeiro (jornalista e empresário)
Paulo Thiago (cineasta)
Pedro Paulo Sena Madureira (editor)
Radha Abramo (crítica de arte)
Raimundo Rodrigues Pereira (jornalista)
Reinaldo Guarany (artista plástico e escritor)
Ricardo Kotscho (jornalista)
Rui Goethe da Costa
Falcão (jornalista e advogado)
Sérgio Amadeu (sociólogo)
Sérgio Rezende (cineasta)
Sérgio Sérvulo da Cunha (advogado)
Sérgio Sister (jornalista e artista plástico)
Silvio da Rin (documentarista)
Suzana keniger lisboa (familiares de mortos e desaparecidos)
Sylvia Bahiense Naves (diretora da cinemateca brasileira)
Tizuka Yamasaki (cineasta)
Toni Cotrim (publicitário)
Vanderley Caixe (advogado)
Vanya Guarnieri (socióloga)
Vladimir Sacchetta (jornalista e produtor cultural)
Wagner Tiso (músico)
Zélio Alves Pinto (artista plástico)
Ziraldo (cartunista)

URGENTE

#ManchetesProváveis
- MST (com Dilma) afirma que é contra o aborto, é cristão e não é comunista!
- FARC fundam a Pastoral Anti-Drogas.
- Ahmadinejad assina a "Carta às Mulheres Brasileiras" em apoio a Dilma.
- Hugo Chávez elogia carga tributária no Brasil.
- Pesquisa indica popularidade de Lula em 279%.
- Lula declara: "Eu te amu, cara! Vofê é meu cabarada! Beu amigo do peitchu! Fá ligado que eu te confidero pá caralhu? Chegaí e me dá um abrafu!"


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

MST apóia Dilma

Dilma vestiu com gosto o boné do MST. Stédile já havia avisado que as invasões seriam facilitadas num governo (toc-toc-toc bate na madeira) Dilma.

Vamos lembrar os métodos usados por essa quadrilha de terroristas:

Vamos falar sobre privatizações?

A estratégia atual da campanha petista é demonizar as estatizações ocorridas no governo FHC e "ameaçar" a população com privatizações mais diversas e variadas, como Banco do Brasil e Petrobrás. Tudo mentira, claro, e sem nenhum fundamento. Terrorismo eleitoral puro e simples.

Numa campanha sem representação liberal, o povo é capaz de achar mesmo que privatizações são ruins, afinal, todos os candidatos falam mal delas.

Como falar de telecomunicações é covardia, vamos falar da Vale do Rio Doce. Divirtam-se com os dados:

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Veja quem está com Dilma

As 7 blasfêmias de Lula e Dilma

1. Lula, ao comungar sem a confissão, se compara a Jesus Cristo e diz que é um homem sem pecados.
2. Lula diz que derrota da oposição é vingança divina.
3. Dilma chama Nossa Senhora de "deusa".
4. Dilma, na mesma entrevista, diz que a "deusa" Nossa Senhora é maior que Deus.
5. A propaganda eleitoral de Dilma a compara a Madre Teresa, a Beata de Calcutá e a Santa Joana D'Arc.
6. Lula e Dilma contribuem para a causa comunista, portanto, mesmo se fossem católicos, estariam automaticamente excomungados, segundo Decreto Papal de Pio XII.
7. Dilma assiste a Missa no dia de N. S. Aparecida, claramente com o intuito de angariar votos e ludibriar os católicos.

A Mentalidade Revolucionária

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 16 de agosto de 2007

Desde que se espalhou por aí que estou escrevendo um livro chamado “A Mente Revolucionária”, tenho recebido muitos pedidos de uma explicação prévia quanto ao fenômeno designado nesse título.
A mente revolucionária é um fenômeno histórico perfeitamente identificável e contínuo, cujos desenvolvimentos ao longo de cinco séculos podem ser rastreados numa infinidade de documentos. Esse é o assunto da investigação que me ocupa desde há alguns anos. “Livro” não é talvez a expressão certa, porque tenho apresentado alguns resultados desse estudo em aulas, conferências e artigos e já nem sei se algum dia terei forças para reduzir esse material enorme a um formato impresso identificável. “A mente revolucionária” é o nome do assunto e não necessariamente de um livro, ou dois, ou três. Nunca me preocupei muito com a formatação editorial daquilo que tenho a dizer. Investigo os assuntos que me interessam e, quando chego a algumas conclusões que me parecem razoáveis, transmito-as oralmente ou por escrito conforme as oportunidades se apresentam. Transformar isso em “livros” é uma chatice que, se eu pudesse, deixaria por conta de um assistente. Como não tenho nenhum assistente, vou adiando esse trabalho enquanto posso.
A mente revolucionária não é um fenômeno essencialmente político, mas espiritual e psicológico, se bem que seu campo de expressão mais visível e seu instrumento fundamental seja a ação política.
Para facilitar as coisas, uso as expressões “mente revolucionária” e “mentalidade revolucionária” para distinguir entre o fenômeno histórico concreto, com toda a variedade das suas manifestações, e a característica essencial e permanente que permite apreender a sua unidade ao longo do tempo.
“Mentalidade revolucionária” é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao “tribunal da História”. Mas o tribunal da História é, por definição, a própria sociedade futura que esse indivíduo ou grupo diz representar no presente; e, como essa sociedade não pode testemunhar ou julgar senão através desse seu mesmo representante, é claro que este se torna assim não apenas o único juiz soberano de seus próprios atos, mas o juiz de toda a humanidade, passada, presente ou futura. Habilitado a acusar e condenar todas as leis, instituições, crenças, valores, costumes, ações e obras de todas as épocas sem poder ser por sua vez julgado por nenhuma delas, ele está tão acima da humanidade histórica que não é inexato chamá-lo de Super-Homem.
Autoglorificação do Super-Homem, a mentalidade revolucionária é totalitária e genocida em si, independentemente dos conteúdos ideológicos de que se preencha em diferentes circunstâncias e ocasiões.
Recusando-se a prestar satisfações senão a um futuro hipotético de sua própria invenção e firmemente disposto a destruir pela astúcia ou pela força todo obstáculo que se oponha à remoldagem do mundo à sua própria imagem e semelhança, o revolucionário é o inimigo máximo da espécie humana, perto do qual os tiranos e conquistadores da antigüidade impressionam pela modéstia das suas pretensões e por uma notável circunspecção no emprego dos meios.
O advento do revolucionário ao primeiro plano do cenário histórico – fenômeno que começa a perfilar-se por volta do século XV e se manifesta com toda a clareza no fim do século XVIII – inaugura a era do totalitarismo, das guerras mundiais e do genocídio permanente. Ao longo de dois séculos, os movimentos revolucionários, as guerras empreendidas por eles e o morticínio de populações civis necessário à consolidação do seu poder mataram muito mais gente do que a totalidade dos conflitos bélicos, epidemias terremotos e catástrofes naturais de qualquer espécie desde o início da história do mundo.
O movimento revolucionário é o flagelo maior que já se abateu sobre a espécie humana desde o seu advento sobre a Terra.
A expansão da violência genocida e a imposição de restrições cada vez mais sufocantes à liberdade humana acompanham pari passu a disseminação da mentalidade revolucionária entre faixas cada vez mais amplas da população, pela qual massas inteiras se imbuem do papel de juízes vingadores nomeados pelo tribunal do futuro e concedem a si próprios o direito à prática de crimes imensuravelmente maiores do que todos aqueles que a promessa revolucionária alega extirpar.
Mesmo se não levarmos em conta as matanças deliberadas e considerarmos apenas a performance revolucionária desde o ponto de vista econômico, nenhuma outra causa social ou natural criou jamais tanta miséria e provocou tantas mortes por desnutrição quanto os regimes revolucionários da Rússia, da China e de vários países africanos.
Qualquer que venha a ser o futuro da espécie humana e quaisquer que sejam as nossas concepções pessoais a respeito, a mentalidade revolucionária tem de ser extirpada radicalmente do repertório das possibilidades sociais e culturais admissíveis antes que, de tanto forçar o nascimento de um mundo supostamente melhor, ela venha a fazer dele um gigantesco aborto e do trajeto milenar da espécie humana sobre a Terra uma história sem sentido coroada por um final sangrento.
Embora as distintas ideologias revolucionárias sejam todas, em maior ou menor medida, ameaçadoras e daninhas, o mal delas não reside tanto no seu conteúdo específico ou nas estratégias de que se servem para realizá-lo, quanto no fato mesmo de serem revolucionárias no sentido aqui definido.
O socialismo e o nazismo são revolucionários não porque propõem respectivamente o predomínio de uma classe ou de uma raça, mas porque fazem dessas bandeiras os princípios de uma remodelagem radical não só da ordem política, mas de toda a vida humana. Os malefícios que prenunciam se tornam universalmente ameaçadores porque não se apresentam como respostas locais a situações momentâneas, mas como mandamentos universais imbuídos da autoridade de refazer o mundo segundo o molde de uma hipotética perfeição futura. A Ku-Klux-Klan é tão racista quanto o nazismo, mas não é revolucionária porque não tem nenhum projeto de alcance mundial. Por essa razão seria ridículo compará-la, em periculosidade, ao movimento nazista. Ela é um problema policial puro e simples.
Por isso mesmo é preciso enfatizar que o sentido aqui atribuído ao termo “revolução” é ao mesmo tempo mais amplo e mais preciso do que a palavra tem em geral na historiografia e nas ciências sociais presentemente existentes. Muitos processos sócio-políticos usualmente denominados “revoluções” não são “revolucionários” de fato, porque não participam da mentalidade revolucionária, não visam à remodelagem integral da sociedade, da cultura e da espécie humana, mas se destinam unicamente à modificação de situações locais e momentâneas, idealmente para melhor. Não é necessariamente revolucionária, por exemplo, a rebelião política destinada apenas a romper os laços entre um país e outro. Nem é revolucionária a simples derrubada de um regime tirânico com o objetivo de nivelar uma nação às liberdades já desfrutadas pelos povos em torno. Mesmo que esses empreendimentos empreguem recursos bélicos de larga escala e provoquem modificações espetaculares, não são revoluções, porque nada ambicionam senão à correção de males imediatos ou mesmo o retorno a uma situação anterior perdida.
O que caracteriza inconfundivelmente o movimento revolucionário é que sobrepõe a autoridade de um futuro hipotético ao julgamento de toda a espécie humana, presente ou passada. A revolução é, por sua própria natureza, totalitária e universalmente expansiva: não há aspecto da vida humana que ela não pretenda submeter ao seu poder, não há região do globo a que ela não pretenda estender os tentáculos da sua influência.
Se, nesse sentido, vários movimentos político-militares de vastas proporções devem ser excluídos do conceito de “revolução”, devem ser incluídos nele, em contrapartida, vários movimentos aparentemente pacíficos e de natureza puramente intelectual e cultural, cuja evolução no tempo os leve a constituir-se em poderes políticos com pretensões de impor universalmente novos padrões de pensamento e conduta por meios burocráticos, judiciais e policiais. A rebelião húngara de 1956 ou a derrubada do presidente brasileiro João Goulart, nesse sentido, não foram revoluções de maneira alguma. Nem o foi a independência americana, um caso especial que terei de explicar num outro artigo. Mas sem dúvida são movimentos revolucionários o darwinismo e o conjunto de fenômenos pseudo-religiosos conhecido como Nova Era. Todas essas distinções terão de ser explicadas depois em separado e estão sendo citadas aqui só a título de amostra.
* * *
Entre outras confusões que este estudo desfaz está aquela que reina nos conceitos de “esquerda”e “direita”. Essa confusão nasce do fato de que essa dupla de vocábulos é usada por sua vez para designar duas ordens de fenômenos totalmente distintos. De um lado, a esquerda é a revolução em geral, e a direita a contra-revolução. Não parecia haver dúvida quanto a isso no tempo em que os termos eram usados para designar as duas alas dos Estados Gerais. A evolução dos acontecimentos, porém, fez com que o próprio movimento revolucionário se apropriasse dos dois termos, passando a usá-los para designar suas subdivisões internas. Os girondinos, que estavam à esquerda do rei, tornaram-se a “direita” da revolução, na mesma medida em que, decapitado o rei, os adeptos do antigo regime foram excluídos da vida pública e já não tinham direito a uma denominação política própria. Esta retração do “direitismo” admissível, mediante a atribuição do rótulo de “direita” a uma das alas da própria esquerda, tornou-se depois um mecanismo rotineiro do processo revolucionário. Ao mesmo tempo, remanescentes contra-revolucionários genuínos foram freqüentemente obrigados a aliar-se à “direita”revolucionária e a confundir-se com ela para poder conservar alguns meios de ação no quadro criado pela vitória da revolução. Para complicar mais as coisas, uma vez excluída a contra-revolução do repertório das idéias politicamente admissíveis, o ressentimento contra-revolucionário continuou existindo como fenômeno psico-social, e muitas vezes foi usado pela esquerda revolucionária como pretexto e apelo retórico para conquistar para a sua causa faixas de população arraigadamente conservadoras e tradicionalistas, revoltadas contra a “direita” revolucionária imperante no momento. O apelo do MST à nostalgia agrária ou a retórica pseudo-tradicionalista adotada aqui e ali pelo fascismo fazem esquecer a índole estritamente revolucionária desses movimentos. O próprio Mao Dzedong foi tomado, durante algum tempo, como um reformador agrário tradicionalista. Também não é preciso dizer que, nas disputas internas do movimento revolucionário, as facções em luta com freqüência se acusam mutuamente de “direitistas” (ou “reacionárias”). À retórica nazista que professava destruir ao mesmo tempo “a reação” e “o comunismo” correspondeu, no lado comunista, o duplo e sucessivo discurso que primeiro tratou os nazistas como revolucionários primitivos e anárquicos e depois como adeptos da “reação” empenhados em “salvar o capitalismo” contra a revolução proletária.
Os termos “esquerda” e “direita” só têm sentido objetivo quando usados na sua acepção originária de revolução e contra-revolução respectivamente. Todas as outras combinações e significados são arranjos ocasionais que não têm alcance descritivo mas apenas uma utilidade oportunística como símbolos da unidade de um movimento político e signos demonizadores de seus objetos de ódio.
Nos EUA, o termo “direita” é usado ao mesmo tempo para designar os conservadores em sentido estrito, contra-revolucionários até à medula, e os globalistas republicanos, “direita” da revolução mundial. Mas a confusão existente no Brasil é muito pior, onde a direita contra-revolucionária não tem nenhuma existência política e o nome que a designa é usado, pelo partido governante, para nomear qualquer oposição que lhe venha desde dentro mesmo dos partidos de esquerda, ao passo que a oposição de esquerda o emprega para rotular o próprio partido governante.
Para mim está claro que só se pode devolver a esses termos algum valor descritivo objetivo tomando como linha de demarcação o movimento revolucionário como um todo e opondo-lhe a direita contra-revolucionária, mesmo onde esta não tenha expressão política e seja apenas um fenômeno cultural.
A essência da mentalidade contra-revolucionária ou conservadora é a aversão a qualquer projeto de transformação abrangente, a recusa obstinada de intervir na sociedade como um todo, o respeito quase religioso pelos processos sociais regionais, espontâneos e de longo prazo, a negação de toda autoridade aos porta-vozes do futuro hipotético.
Nesse sentido, o autor destas linhas é estritamente conservador. Entre outros motivos, porque acredita que só o ponto de vista conservador pode fornecer uma visão realista do processo histórico, já que se baseia na experiência do passado e não em conjeturações de futuro. Toda historiografia revolucionária é fraudulenta na base, porque interpreta e distorce o passado segundo o molde de um futuro hipotético e aliás indefinível. Não é uma coincidência que os maiores historiadores de todas as épocas tenham sido sempre conservadores.
Se, considerada em si mesma e nos valores que defende, a mentalidade contra-revolucionária deve ser chamada propriamente “conservadora”, é evidente que, do ponto de vista das suas relações com o inimigo, ela é estritamente “reacionária”. Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.


Ainda a mentalidade revolucionária
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio (editorial) , 10 de outubro de 2007

Em acréscimo ao meu artigo de 16 de agosto, eis aqui mais alguns traços que definem a mentalidade revolucionária:

1. O revolucionário não entende a injustiça e o mal como fatores inerentes à condição humana, que podem ser atenuados mas não eliminados, e sim como anomalias temporárias criadas por uma parcela da humanidade, a qual parcela -- os burgueses, os judeus, os cristãos, etc. -- pode ser localizada e punida, extirpando-se destarte a raiz do mal.

2. A parcela culpada espalha o mal e o pecado por meio do exercício de um poder – econômico, político, militar e cultural. Logo, deve ser eliminada por meio de um poder superior, o poder revolucionário, criado deliberadamente para esse fim.

3. O poder maligno domina a sociedade como um todo, moldando-a à imagem e semelhança de seus interesses, fins e propósitos. A erradicação do mal deve tomar portanto a forma de uma reestruturação radical da ordem social inteira. Nada pode permanecer intocado. O poder revolucionário, como o Deus da Bíblia, “faz novas todas as coisas”. Não há limites para a abrangência e profundidade da ação revolucionária. Ela pode atingir mesmo as vítimas da situação anterior, acusando-as de ter-se habituado ao mal ao ponto de se tornar suas cúmplices e por isso necessitar de castigo purificador tanto ou quase tanto quanto os antigos donos do poder.

4. Embora causado por uma parcela determinada da espécie humana, o mal se espalha tão completamente por toda parte que se torna difícil conceber a vida sem ele. A nova sociedade de ordem, justiça e paz não pode portanto ser imaginada senão em linhas muito gerais, tão diferente ela será de tudo o que existiu até agora. O revolucionário não tem portanto a obrigação -- nem mesmo a possibilidade -- de expor de maneira clara e detalhada o plano da nova sociedade, muito menos de provar sua viabilidade ou demonstrar, em termos da relação custo-benefício, as vantagens da transformação. Estas são dadas como premissas fundantes, de modo que a exigência de provas é impugnada automaticamente como subterfúgio para evitar a mudança e condenada ipso facto como elemento a ser eliminado. A revolução é fundamento de si própria e não pode ser questionada de fora.

5. Embora conhecida apenas como uma imagem muito geral e vaga, a sociedade futura coloca-se por isso acima de todos os julgamentos humanos e se torna ela própria a premissa fundante de todos os valores, de todos os juízos, de todos os raciocínios. Uma conseqüência imediata disso é que o futuro, não tendo como ser concebido racionalmente, só pode ser conhecido por meio de sua imagem na ação revolucionária presente, a qual ação por isto mesmo se subtrai por sua vez a qualquer julgamento humano, exceto o dos lideres revolucionários que a encarnam e personificam. Mas mesmo estes podem representá-la de maneira imperfeita, por serem filhos da velha sociedade e carregarem em si, ao menos parcialmente, os germes do antigo mal. A autoridade intelectual e profética dos líderes revolucionários é portanto provisória e só dura enquanto eles têm o poder material de assegurá-la. A condição de guia dos povos em direção ao futuro beatífico é portanto incerta e revogável, conforme as irregularidades do percurso revolucionário. Os erros e crimes do líder caído, não podendo ser imputados à sociedade futura, nem ao processo revolucionário enquanto tal, nem ao movimento como um todo, só podem ser explicados portanto como um efeito residual do passado condenado: o revolucionário, por definição, só peca por não ser revolucionário o bastante.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Manobras do governo totalitário

Por Ipojuca Pontes -

Com a possível ascensão de Dilma Rousseff à presidência da República neste segundo turno, ainda indefinido, mas tendo como certa a conquista da maioria parlamentar, pelo atual governo, nas duas Casas do Congresso Nacional, a pergunta que se torna obrigatória é a seguinte: quanto tempo vai levar para que se estabeleça no Brasil, sem disfarces, a prolongada ditadura da esquerda - radical ou não?

De início, convém lembrar que antes mesmo de saber se o PT e os partidos da base aliada comporiam a maioria no Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, o vosso Lula da Silva já tinha como certa a fusão das legendas do PT, PCdoB, PSB, PDT (e outros que tais) para formar uma Frente Ampla ideológica com o objetivo de não apenas dar sustentação política ao futuro governo, mas, em especial, mudar a Constituição ora vigente no país.

(No histórico, a formação de um partido único somando todas as forças e agremiações políticas de esquerda para afunilar as oposições e, depois, liquidar a democracia, foi sempre um velho programa leninista).

Na ordem prática das coisas, segundo o ex-blogueiro César Maia, um entendido em contas eleitorais e candidato derrotado a Senador pelo DEM-RJ, a partir de 2011 os partidos do bloco governista controlarão (no mínimo) 73% das cadeiras da Câmara e do Senado Federal – um percentual mais que suficiente para aprovar sem dificuldades, a partir da articulação da Frente Ampla de esquerda, uma reforma constitucional.

Como a confirmar os prognósticos da formação da Frente Ampla esquerdista, corolário do partido único, Carlos Lupi, antigo puxa-saco de Brizola e atual presidente nacional do PDT, deu a conhecer, no jornal “Estado de São Paulo”, o empenho de Lula em articular a unívoca máquina parlamentar, a ser acionada em 2011: “O presidente é um líder nato e, independentemente de ser presidente da República, terá forte influência entre todas as forças populares e democráticas de esquerda”.

Mais afoito, Eduardo Campos, sobrinho do comunista Miguel Arraes e atual presidente nacional do PSB, abre o jogo: “O presidente, em conversa ao longo de muitos anos, sempre falou que não compreendia porque a gente não era um partido só. Se a gente se reúne na eleição em torno de candidaturas e programas, por que não podemos discutir um programa, uma agenda de desenvolvimento sustentável e as reformas importantes que precisam ser operadas no país”?

E aqui chegamos ao cerne da questão. Definidas as pretensões hegemônicas pelos principais interessados, resta apenas especular sobre quais seriam as “reformas importantes” propostas à nação pelo futuro Congresso Nacional dominado pela Frente Ampla Esquerdista de Lula, Dilma et caterva.

Bem, se não fosse repetir o óbvio, elas simplesmente traduziriam, no âmbito de uma reforma constitucional manobrada pelas esquerdas dentro do Congresso, a inteira adoção do Programa Nacional dos Direitos Humanos – o famigerado PNDH-3, já repudiado em gênero, número e grau pelo grosso (e o fino) da sociedade brasileira.

(Como é mais do que sabido, o PNHH-3 incorpora uma série de medidas subversivas traçadas no seio do Foro de São Paulo, uma Internacional comunista da América Latina que objetiva abrir pela via parlamentar os “caminhos legais” (constitucionais) para se instaurar um governo totalitário no mais importante país do Hemisfério Sul).

Sim, amigos, é fato: para controlar constitucionalmente a nação e estabelecer o império vermelho durante longos anos, o projeto comunista da Frente Ampla parlamentar, tendo por base o PNDH-3, prevê, entre outras preciosidades, o seguinte: 1) o abastardamento das Forças Armadas, única instituição organizada capaz de enfrentar o projeto totalitário; 2) o “controle social” dos meios de comunicação a partir da instalação de comitês e conselhos para classificar, conceder canais e emissoras públicas, distribuir incentivos e punir os recalcitrantes faltosos 3) a supressão do direito de propriedade a partir da criação de comitês especiais para julgar, antes do Judiciário, a invasão de terras por parte dos chamados “movimentos sociais”, notadamente pelo MST – Movimento dos Sem Terra -, de caráter maoísta.

Ademais, a reforma constitucional a ser laborada pelas esquerdas compreende, no plano educacional, a revisão dos livros escolares, efetivando uma “nova leitura” de valores e símbolos nacionais a partir de uma exclusiva visão revolucionária; a intensificação do regime de “cotas” nas universidades federais, declarado instrumento de fomento ao racismo; a liberalização do aborto, do casamento homossexual e das drogas, especialmente da maconha; a ampla estatização da cultura, com financiamento prioritário para o artefato “audiovisual”, eficaz para a manipulação das massas – para não falar na entrega das terras amazônicas às ONGs internacionais, no aumento da carga tributária para ricos e pobres e no financiamento público dos fundos de campanhas eleitorais.

Os comentaristas políticos da grande mídia acreditam que o PMDB, o maior partido da base aliada do governo, não integrando as hostes da Frente Ampla esquerdista de Lula, poderia representar um forte obstáculo à formação de um governo que pretendesse atuar a partir de uma reforma radical da Constituição.

Não deixa de ser uma perversa ironia que o PMDB, partido tido como “de aluguel”, mas de face mais “liberal”, pudesse se tornar um obstáculo no avanço de um governo totalitário a se implantar no país.

O problema todo é que fica sempre difícil, ou quando não impossível, acreditar que o PMDB - manobrado por Zé Sarney e Michel Temer e habituado a usufruir nacos do poder - se transforme num efetivo partido de oposição e reaja ao furor do totalitarismo vermelho.

Dilma Goela Abaixo