quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vergonhas da Bananalândia

Muita gente crê que a visita de Ahmadinejad foi o mero cumprimento de um protocolo diplomático e que o fato de receber um governante não significa que há um apoio, que a política internacional é algo frio e distante, como um telemarketing que subiu de posto.

Será que esse salmo ainda faz algum sentido para essas pessoas?
"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores."
Ou mesmo o ditado popular "diga-me com quem andas e direi quem és"?

Será que receber com honrarias Kadafi, Mugabe, Ahmadinejad, Chavez, Medina, Battisti, entre tantos, é apenas um detalhe protocolar?

Será que o irrelevante comércio com o Irã vale o isolamento internacional?

Se eu receber em minha casa bandidos do PCC com a desculpa de aumentar meu círculo de relacionamentos estarei justificado?

Ahmadinejad nega o holocausto, pretende varrer do mapa Israel com a tecnologia nuclear apoiado pela quadrilha petista, prega a morte aos cães infiéis, tortura e mata dissidentes políticos, homossexuais e mulheres, em suma, é um crápula facínora da pior espécie, um Hitler sem o poder bélico, um Stalin em potencial. Recebê-lo é dar um recado ao mundo: assinamos em baixo, somos amigos e parceiros.

Não reconhecer um governo eleito democraticamente em eleições pacíficas e massivas como foram em Honduras e reconhecer uma eleição fraudada no Irã seria agora exemplo de bom-senso diplomático?

Será que não está claro o emparelhamento ideológico que une Lula, Chavez e Ahmadinejad? Não está claro o projeto de poder em curso?

Sei que às vezes algumas conclusões são tão terríveis e deprimentes que nos negamos a aceitá-las, buscando os mais incríveis eufemismos para justificá-las.

Para expressar a vergonha, a tristeza e a indignação pelo governo petista ter recebido esse ditadorzinho islamofascista e principalmente para que esses muitos inocentes úteis acordem, deixo aqui um tributo a Neda, a moça executada no Irã durante um protesto à fraude eleitoral perpetrada lá e apoiada por aqui, uma morte que conta com a cumplicidade vergonhosa da esquerda brasileira.

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