domingo, 21 de junho de 2009

Grevistas espancam uspianos anti-greve

Reproduzimos este relato divulgado recentemente como forma de manter um registro sobre os métodos truculentos dos socialistas do Sintusp.


Hoje, 19 de junho de 2009, me tornei mais uma vítima dos métodos autoritários utilizados pelo movimento grevista para silenciar as oposições, calar o debate e reprimir as discordancias.

Fui agredido por em torno de 110 grevistas da USP, estudantes e sindicalistas

Essa história começa com a FlashMob realizada na Praça do Relógio as 18:55.

Alí, junto de outras 350 pessoas estava realizando um protesto pacifico contra a greve.

E ele esteve pacífico, até que pessoas ligadas ao sindicato e/ou a greve, em um ato de completo anacronismo, chamaram a policia para nos dispersar, reproduzindo o mesmo ato que eles anteriormente batizaram como uma violência.

Ao perceber a presença da PM, a qual se encontrava rodeada por grevistas, me desloquei até eles e conversei com o soldado da PM encarregado de averiguar o que estava ocorrendo e expliquei que estávamos fazendo uma manifestação pacífica.

Ao mesmo tempo alguns grevistas mais radicais provocavam os policiais, claramente tentando incitar uma briga.

Nesse meio tempo, um grupo de grevistas, que no momento pareciam ser moderados, veio falar comigo pra dizer que a presença da PM ia causar uma briga e que se nós convencêssemos a PM a se retirar, eles também se dispersariam caso também fizéssemos o mesmo.

Concordei com a representante desse grupo e pedi aos policiais presentes que saíssem, dando a minha garantia pessoal de que não iria ocorrer brigas.

Foi um ato ingênuo da minha parte.

Assim que a PM se retirou e parte dos nossos manifestantes também se retiraram, os grevistas começaram a nos atacar verbalmente e buscaram abertamente nos intimidar, chamando-nos com todo o jargão grevista pré construído (fascistas, reacionários, pequeno-burgueses, etc)

Ao respondermos as ofensas, o grupo passou a nos provocar fisicamente, empurrando alguns de nossos manifestantes e tentando causar uma briga.

Os grevistas começaram a avançar sobre a gente e parte de nosso grupo sentou-se no chão enquanto outra parte saiu para evitar confrontamento físico. 20 jun (19 horas atrás) Rafael
Após isso, eu e mais um grupo dos manifestantes anti-greve pedimos pra os integrantes de nosso grupo virarem as costas e ir andando pra faculdade de economia para que não ocorresse nenhum confronto.
Ao darmos as costas e andarmos, os grevistas começaram a atirar pedras e outros objetos em nós, e muitos dos manifestantes contra a greve começaram a correr.

Eu acalmei os manifestantes anti-greve restantes que continuaram andando rumo a FEA.

No entanto, um dos grevistas, trajando uma camisa do MST e um afro loiro encaracolado (que depois me foi informado que era estudante de História) novamente voltou a provocar fisicamente os anti-grevistas tentando empurra-los.

Me coloquei na frente dele de braços abertos para impedir que ele pudesse empurrar os manifestantes que caminhavam pacificamente para a FEA. Nisso, o individuo em questão abriu os braços também para me satirizar e ao perceber que eu não havia me constrangido, o mesmo me abraçou e cuspiu no meu pescoço.

Minha reação foi a de empurrar o sujeito e afasta-lo. Ao ver isso, 3 grevistas/sindicalistas começaram a agredir outros 3 anti-grevistas, causando o panico entre os manifestantes e fazendo com que quase a totalidade do grupo se dispersasse, sobrando em torno de 40 pessoas

Enquanto a maioria desse grupo correu, eu continuei andando no mesmo ritmo de antes e logo fui perseguido por um grupo de aproximamente 70 grevistas que me agrediram fisicamente com pontapés e socos nas costas.

Logo eu fui cercado por esse grupo, e para não reagir fisicamente, me sentei no chão em silencio.

Juntou uma rodinha em volta de mim. Fiquei sentado calado enquanto era agredido verbalmente e ameaçado fisicamente. Recebi 4 chutes na coluna.

Aí veio um pessoal anti-greve me ajudar e junto de alguns poucos grevistas me permitiram sair antes que começasse um linchamento.

Fomos até a faculdade de economia, no entanto os grevistas continuaram seguindo a gente e nos agredindo verbalmente enquanto ameaçavam de invadir a FEA. 20 jun (19 horas atrás) Rafael
Me dirigi ao 93º Distrito policial junto de um grupo de testemunhas para abrir um BO.

Esta é a minha história e uma demonstração do que ocorre com as pessoas que discordam das posições do movimento estudantil e sindical na USP.
Estão suspensos os direitos de livre associação e de liberdade de expressão, até segunda ordem por parte do movimento grevista.

Meu nome é Rodrigo Souza Neves, sou estudante de História do 5º ano. E hoje, presenciei o que é o diálogo que o movimento grevista abre para quem discorda das opinioes nele vigentes.

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=35362&tid=5349161641509978921&na=1&nst=1

A "democracia" dos grevistas da USP



Registramos ainda um texto divulgado no blog grevista. Leiam e tirem suas conclusões:

"Agora a pouco os estudantes e os funcionários reunidos no SINTUSP botaram para correr o bando de reacionários filhinhos de papai que se organizavam na praça do relógio com a idéia de promover atitudes intimidadoras aos grevistas.
O grupo dos lutadores se reuniu no Sintusp a partir das 18h e pouco a pouco diversos estudantes que realizavam assembléia e reuniões em seus cursos foram se incorporando a concentração, como os alunos da historia que chegaram em 50 pessoas cantando as palavras de ordem de “aliança, aliança,anti- fascista! !!”.
Os capachos da reitoria e do governo Serra, os poucos e isolados franguinhos verdes da USP, saíram em revoada amargurando a minoria esmagadora a que se reduziram. Um deles que sobrou sozinho, conhecido pelos estudantes de história como "Delfinzinho", saiu até chorando.
Cantamos para eles: "Vaza, Vaza, Vaza" , "Volta pro Orkut" e "Essa direita é pequinininha, cabe toda num fusquinha".
Porem, é de extrema importância nos mantermos atentos e tencionados frente a ameaça reacionária que por hora foi dispersada. A vigília continua ao longo do final de semana.

PS. Em 1934, a frente única de sindicatos operários, anarquistas e trotskistas dissolvou uma manifestação integralista de cerca de dez mil"galinhas verdes", como eram chamados os integralistas. Como eles sairam em debandada, correndo para todos os lados, essa fuga ficou conhecida na história como "A revoada dos galinhas verdes".

Fora a PM e seus capachos!!!
Abaixo Suely Vilela e o COnselho Universitário!
Por um governo provisório das organizações em luta!
Por uma Estatuinte livre e soberana para democratizar a universidade!"
http://uspemgreve2009.blogspot.com/


E, finalizando por enquanto este capítulo, uma matéria do Estadão e uma pesquisa realizada com alunos e funcionários da USP sobre a legitimidade da greve e outros assuntos, incluindo a atuação da PM.
http://greveuspresultado.dnsalias.com/


Maioria das unidades da USP ignora atos e greve

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